10 perguntas sobre cristãos ex-muçulmanos

Segundo o infográfico da Portas Abertas, muçulmanos são todos aqueles que são seguidores do islamismo, religião fundada por Maomé no século 7, que tem o Alcorão como livro sagrado.

Os muçulmanos acreditam em 5 pilares, a saber:

  • SHAHADA: “Não existe nenhum deus além de Alá, e Maomé é seu profeta”;
  • SALT: Orar cinco vezes ao dia em direção a Meca;
  • ZAKAT: Doar 2,5% da renda para os mais pobres;
  • SAUM: Jejuar durante o mês sagrado chamado Ramadã;
  • HAJJ: Visitar Meca uma vez na vida, desde que tenha condições para isso.

Alguém que nasceu em contexto islâmico e reconhece Jesus como Senhor e Salvador se torna um ex-muçulmano e depois de abandonar a religião e costumes islâmicos pode ser perseguido por causa da nova fé. Essa perguição é chamada de OPRESSÃO ISLÂMICA*.

*É um tipo de perseguição que faz com que aqueles que se convertem do islamismo ao cristianismo sejam pressionados para voltar à antiga fé. A maioria dos cristãos ex-muçulmanos vive sob a opressão islâmica.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE CRISTÃOS EX-MUÇULMANOS SEGUNDO A MISSÃO PORTAS ABERTAS

1. COMO MUÇULMANOS SE CONVERTEM A CRISTO?
Em alguns casos, é através de uma Bíblia que foi distribuída ou de um cristão estrangeiro que lhes apresenta o evangelho. Mas os milagres também têm um grande papel, pois muitos vêm a Cristo através de um sonho ou visão que tiveram com Jesus. Um cristão que vive e trabalha em Omã disse: “Oitenta por cento dos cristãos omanis chegam a Cristo de forma sobrenatural: através de sonhos e visões”. Esse é um testemunho que se repete nos países de maioria islâmica.

2. POR QUE ELES SE CONVERTEM?
Existem muitas razões. Muitas vezes, eles são atraídos pelo fato de verem respostas às orações dos cristãos. Muitos se convertem após terem sido curados ou verem alguém da família ser curado. No islamismo, não se pode questionar assuntos relacionados à fé. Um cristão perseguido conta como o clérigo islâmico não pôde responder as suas perguntas e como os cristãos tinham as respostas e estavam abertos a questionamentos. O que atrai também no cristianismo é a garantia da vida eterna, já que no islamismo se crê que no dia do juízo final deus vai pesar as boas e más obras de cada um em uma balança e, com base nisso, decidir quem irá para o paraíso e quem será condenado.

3. QUAIS SÃO AS RAZÕES PARA DEIXAR O ISLÃ?
Muitos muçulmanos viram uma face feia do islã nos movimentos extremistas, como o autoproclamado Estado Islâmico, e se decepcionaram. Isso faz com que alguns muçulmanos duvidem do caráter de sua própria religião, que é propagada por clérigos muçulmanos como uma religião pacífica. Diante disso, eles começam a questionar a própria fé e, muitos deles, em busca de resposta, encontram Jesus.

4. QUE TIPO DE PERSEGUIÇÃO ESSES NOVOS CONVERTIDOS ENFRENTAM?
Eles enfrentam duas formas de perseguição: pressão e violência. Em termos de pressão, em primeiro lugar vem a perseguição da família. Os convertidos são frequentemente isolados e, às vezes, banidos da família e de casa. As mulheres, de modo especial, muitas vezes enfrentam prisão domiciliar. Algumas mulheres são obrigadas a casar com um homem muçulmano e sofrem violência física na própria casa. Esses cristãos também enfrentam perseguição da sociedade, podendo perder o emprego e amigos e se tornarem alheios durante todas as celebrações islâmicas. Por parte do governo de diferentes países, passam por interrogatório, aprisionamento e fechamento de igrejas. No que diz respeito à violência, em vários países os cristãos correm o risco de perder a vida por meio dos extremistas ou mesmo da própria família. Em outros casos, podem ser agredidos fisicamente na tentativa de fazê-los voltar ao islã.

5. O QUE A PORTAS ABERTAS ESTÁ FAZENDO PELOS CRISTÃOS EX-MUÇULMANOS?
No ambiente islâmico em que vivem, a maior necessidade dos cristãos ex-muçulmanos é de discipulado, para que aprendam a viver como nova criatura em Cristo Jesus. Por isso, a Portas Abertas oferece vários tipos de cursos para pastores e líderes de igrejas, líderes de jovens, famílias e crianças. Quando possível, usamos nossos esforços em assessoria jurídica para tirar os cristãos da prisão. Apoiamos pastores para liderar a igreja e cuidar dos novos convertidos. No Norte da África, desenvolvemos um programa de discipulado que é usado para treinar novos cristãos, chamado Thalmata. Um dos projetos da Portas Abertas na Península Arábica, por exemplo, é de produção de material de discipulado digital na língua local. Na África Subsaariana também oferecemos treinamento bíblico e materiais de estudo bíblico. Os projetos desenvolvidos são os mais variados, sempre visando fortalecer essa parte do corpo de Cristo especialmente vulnerável, que são os cristãos ex-muçulmanos.

6. QUAL A SITUAÇÃO DAS MULHERES QUE SE CONVERTEM DO ISLAMISMO AO CRISTIANISMO?
As mulheres ocupam uma posição ainda mais vulnerável, pois na cultura islâmica já são vistas como inferiores ao homem. Sempre há um homem a quem a mulher deve se submeter, seja o pai, marido ou irmão mais velho. Por isso, quando se converte, em muitos casos, opta por manter a fé em sigilo, pois corre o risco de ser agredida fisicamente, expulsa de casa ou perder a guarda dos filhos, por exemplo. Os homens que têm autoridade sobre ela se sentem no direito de fazer isso pelo fato de sua conversão trazer vergonha à família.

7. COMO É A SITUAÇÃO PARA AS CRIANÇAS FILHAS DE PAIS CRISTÃOS EX-MUÇULMANOS?
O fato de viverem em um contexto islâmico é um desafio para os pais cristãos convertidos do islamismo. No caso daqueles que não declaram a fé publicamente, os filhos continuam frequentando a escola onde têm aulas de islamismo e são obrigados a recitar o Alcorão. Os filhos precisam aprender a manter a fé em sigilo e, em alguns países, como o Irã, por exemplo, estar preparados para a prisão dos pais. Essas crianças têm que ser ensinadas desde cedo o preço por seguir a Cristo e entenderem as bases bíblicas da perseguição. É preciso que elas tenham em mente o controle soberano de Deus sobre todas as coisas e seu amor infalível, independente das circunstâncias.

8. CRISTÃO SECRETO E CRISTÃO EX-MUÇULMANO É A MESMA COISA?
Não. Há cristãos ex-muçulmanos secretos e não secretos. E nem todo cristão secreto é ex-muçulmano; pode ser que seja ex-hindu ou ex-budista, por exemplo. Há cristãos ex-muçulmanos que decidem falar abertamente sobre a fé, assumindo os riscos da perseguição; assim, não são cristãos secretos. Entra nessa classificação aqueles que, por motivos de segurança, preferem manter a fé somente no âmbito pessoal e, na maioria das vezes, para o mundo exterior continuam agindo como muçulmanos. Eles vão à mesquita, participam dos festivais islâmicos e fazem as orações muçulmanas, contudo, em seu íntimo, oram a Jesus.

9. HÁ CRISTÃOS EX-MUÇULMANOS APENAS EM PAÍSES ÁRABES?
Não. Pode haver cristãos ex-muçulmanos em todos os países e etnias de religião islâmica, que não se restringem apenas ao mundo árabe. Até mesmo em países onde o islamismo não é a religião predominante, como China e Índia, por exemplo, há uma grande população de muçulmanos e, consequentemente, de cristãos ex-muçulmanos. A Índia tem a segunda maior população de muçulmanos, só perdendo para a Indonésia. Os cristãos ex-muçulmanos estão em regiões como Ásia Central, Sudeste Asiático, África Subsaariana e Norte da África, além do Oriente Médio.

10. O QUE MUDA E O QUE CONTINUA O MESMO NA VIDA DE UM MUÇULMANO QUE SE CONVERTE A JESUS?
As bases da fé mudam totalmente. O Alcorão, livro sagrado do islã, passa a ser visto como um livro sem sentido enquanto a Bíblia é a palavra inspirada de Deus, viva e eterna. Ao invés do deus distante que precisa ser apaziguado do islã, o Deus do cristianismo é um pai com quem a pessoa pode se relacionar e que se preocupa com os detalhes da vida de seus filhos. Talvez a maior de todas as mudanças seja a certeza da salvação por meio do sacrifício de Jesus, totalmente pela graça, ao crer e receber a obra perfeita da cruz. As coisas que permanecem iguais são do âmbito cultural, como o respeito pelas tradições e pelo papel de cada indivíduo na sociedade.

Dos 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2020, 41 têm a opressão islâmica como tipo de perseguição.

Portas Abertas

Os países com as maiores populações muçulmanas são:

1º INDONÉSIA: 214 milhões (79,5% da população do país)

2º PAQUISTÃO: 197 milhões (96% da população do país)

3º ÍNDIA: 197 milhões (14% da população do país)

4º BANGLADESH: 149 milhões (89% da população do país)

Quando um muçulmano decide seguir a Cristo, ele assume enfrentar sérias consequências, como ser expulso de casa, não pertencer mais à família e dificuldades para encontrar trabalho, as mulheres chegam a perder a guarda dos filhos.

Marcos Cruz (Secretário Geral da Portas Abertas Brasil)

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4 Responses

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